cover
Tocando Agora:

Locutor no Ar

announcer

Vídeo de caminho casa-trabalho, moto, campana: como membros do PCC monitoraram rotina de diretor de presídio jurado de morte

Vídeo mostra como integrantes do PCC traçaram trajeto percorrido por Medina Integrantes do PCC monitoraram o coordenador de presídios Roberto Medina, respons...

Vídeo de caminho casa-trabalho, moto, campana: como membros do PCC monitoraram rotina de diretor de presídio jurado de morte
Vídeo de caminho casa-trabalho, moto, campana: como membros do PCC monitoraram rotina de diretor de presídio jurado de morte (Foto: Reprodução)

Vídeo mostra como integrantes do PCC traçaram trajeto percorrido por Medina Integrantes do PCC monitoraram o coordenador de presídios Roberto Medina, responsável por unidades prisionais da Região Oeste do estado, durante meses. O objetivo do grupo era matá-lo, segundo o Ministério Público e a Polícia Civil. O relatório que resultou na operação desta sexta-feira (24) mostra que Medina e o promotor Lincoln Gakiya foram acompanhados por criminosos presencialmente e pela internet durante meses, assim como as famílias dos possíveis alvos. A suspeita é a de que essas imagens e levantamento da rotina tenham sido encaminhadas para Sintonia Restrita - um grupo ligado diretamente à cúpula da facção e responsável por atentados e resgates realizados pelo PCC. ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp No vídeo acima é possível ver um dos integrantes da PCC explicando para outros suspeitos, com apoio do Google Maps, como é o trajeto da casa de Medina ao presídio. O g1 não exibiu o trajeto inteiro, bem como o nome das ruas. Além dessas imagens, o relatório traz outro vídeo que mostra o criminoso gravando o trajeto de moto e fotos de carros parados fazendo campana perto da casa de Medina (veja abaixo). Carros fazem campana perto da casa de Medina Divulgação O levantamento da rotina dos de Medina e Gakiya coincide com o período em que suspeitos pela morte do ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, circularam com um carro no litoral de São Paulo, possivelmente para mapear a rotina de Ferraz Fontes antes da execução no dia 15 de setembro deste ano. Operação O objetivo da operação desta sexta, com 25 mandados de busca e apreensão, é apreender dispositivos eletrônicos e outras provas que possam complementar as informações sobre o possível plano. A análise de aparelhos celulares já mostrou que o grupo enviava fotos e vídeos da rotina das autoridades por WhatsApp a outros integrantes do PCC. A Justiça determinou ainda a quebra dos sigilos telefônico e telemático dos suspeitos para que os investigadores possam apurar o envolvimento de mais pessoas no esquema. A polícia afirma que a ordem para atacar Gakiya e Medina partiu do PCC. Os mandados estão distribuídos nas cidades paulistas de Presidente Prudente (11), Álvares Machado (6), Martinópolis (2), Pirapozinho (2), Presidente Venceslau (2), Presidente Bernardes (1) e Santo Anastácio (1). O promotor de Justiça Lincoln Gakiya e do coordenador de presídios Roberto Medina, da Secretaria de Administração Penitenciária. Montagem/g1/Reprodução/TV Globo A investigação, conduzida pela Seccional de Presidente Prudente, começou em julho, depois que policiais militares prenderam um homem em flagrante por tráfico de drogas. A análise do celular apreendido com Vitor Hugo da Silva, o VH, revelou a participação dele num plano para matar o coordenador de presídios Roberto Medina. Os investigadores encontraram, por exemplo, um minucioso levantamento sobre a rotina de Medina, com fotos e vídeos que mostram o trajeto percorrido diariamente pelo coordenador de presídios de casa até o trabalho. Em áudios, os bandidos falam sobre a preocupação de serem filmados nas imediações da casa de Roberto Medina. LEIA MAIS: Levantamento do PCC sobre rotina de promotor e chefe de presídios coincide com presença de carro suspeito na morte de ex-delegado Quem é Lincoln Gakiya, promotor inimigo do PCC e ameaçado de morte desde 2005 Segundo a polícia, o teor das conversas mantidas por Vitor Hugo e a ligação dele com o PCC mostram que partiu da facção a ordem para matar Gakyia e Medina. A partir da prisão de VH, os investigadores chegaram até outro suspeito, Wellison Rodrigo Bispo de Almeida, o Corinthinha, também integrante do PCC. Wellison foi preso no curso das investigações. Embora resida em Martinópolis, ele tinha alugado uma chácara a 53 quilômetros dali, em Presidente Bernardes. Wellison alegou que estava fugindo de um policial, que o ameaçou de morte. Mas os investigadores afirmam que estava ali a mando do PCC para seguir os passos de Roberto Medina. Os policiais identificaram um terceiro suspeito de envolvimento no plano de atentado contra autoridades. Sérgio Garcia da Silva, o Messi, foi preso no dia 26 de setembro, por tráfico de drogas. Em um celular, encontrado debaixo de um travesseiro, havia conversas que indicavam o envolvimento dele no plano de assassinato de Medina e também do promotor de Justiça Lincoln Gakyia. Também foram encontrados prints de telas com o trajeto que Gakyia costuma fazer de casa ao trabalho. As investigações revelaram que suspeitos tinham alugado uma casa a menos de um quilômetro de condomínio onde o promotor mora. Imagens aéreas mostraram que diversas pessoas se reuniam nesta casa, que servia também como ponto de distribuição de droga. Os investigadores suspeitam que os bandidos pretendiam atacar o promotor no caminho que ele costuma fazer para chegar ao trabalho, em Presidente Prudente. Investigação mostra que PCC usava loja infantil pra lavar dinheiro