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Promotor jurado de morte pelo PCC diz que, se precisar sair do país após se aposentar, será a 'falência do estado'

Vídeo mostra como integrantes do PCC traçaram trajeto percorrido por Medina O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, jurado de morte pelo PCC, disse nesta sexta...

Promotor jurado de morte pelo PCC diz que, se precisar sair do país após se aposentar, será a 'falência do estado'
Promotor jurado de morte pelo PCC diz que, se precisar sair do país após se aposentar, será a 'falência do estado' (Foto: Reprodução)

Vídeo mostra como integrantes do PCC traçaram trajeto percorrido por Medina O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, jurado de morte pelo PCC, disse nesta sexta-feira (24) que, se tiver que deixar o país depois que se aposentar, isso representará a "falência do estado brasileiro". Ele vive há mais de dez anos sob escolta policial 24 horas por dia por causa das ameaças de morte recorrentes que recebe. Uma operação do Ministério Público e a Polícia Civil de São Paulo realizada mais cedo revelou um plano de integrantes da facção criminosa de assassinato dele e do coordenador de presídios Roberto Medina, responsável por unidades prisionais da Região Oeste do estado. A questão de eu ter que sair do país, se isso acontecer depois da aposentadoria, isso vai demonstrar a falência do estado brasileiro. ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Segundo ele, isso colocaria todo o histórico de combate ao crime organizado "por terra". "Não é o promotor Lincoln Gakiya que está fugindo do país para continuar vivo, é toda uma história de combate que vai por terra e novos colegas não vão se sentir encorajados a continuar [o trabalho] e ser abandonados no futuro", disse. O promotor ressaltou que não será "perdoado" pela facção em razão de ter sido o responsável pela transferência de chefes do PCC para presídios de segurança máxima. "Eu lamento não só por mim, mas pela minha família, porque só eu sei o que a gente passa nesses últimos dez anos e, principalmente, nos últimos sete anos, depois da remoção da liderança que eu tive que pedir sozinho, porque o estado se negou a fazê-lo. O PCC decretou a minha morte. Esse decreto não vai ser tirado. Eu não vou ser 'perdoado' pelo crime organizado", afirmou. O promotor reiterou que a escolta que recebe do estado é um direito seu pelo cargo que ocupa e não um favor. "Eu preciso, sim, de proteção do estado. Isso não é um favor. O estado não está me fazendo um favor. Isso é um direito, uma prerrogativa que eu tenho. Não só eu, mas como todo integrante do MP, das polícias, das polícias penais, todas as pessoas que estão envolvidas em decorrência do seu trabalho", disse. Na operação desta sexta, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão, além da quebra dos sigilos telefônico e telemático de suspeitos. A investigação, conduzida pela Seccional de Presidente Prudente, começou em julho, depois que policiais militares prenderam um homem em flagrante por tráfico de drogas. Os investigadores encontraram, por exemplo, um minucioso levantamento sobre a rotina de Roberto Medina, com fotos e vídeos que mostram o trajeto percorrido diariamente pelo coordenador de presídios de casa até o trabalho. Em áudios, os bandidos falam sobre a preocupação de serem filmados nas imediações da casa de Roberto Medina. As investigações revelaram que os suspeitos tinham alugado uma casa a menos de um quilômetro do condomínio onde o promotor mora. LEIA MAIS: Levantamento do PCC sobre rotina de promotor e chefe de presídios coincide com presença de carro suspeito na morte de ex-delegado Quem é Lincoln Gakiya, promotor inimigo do PCC e ameaçado de morte desde 2005 Vídeo de caminho casa-trabalho, moto, campana: como membros do PCC monitoraram rotina de diretor de presídio jurado de morte Os investigadores suspeitam que os bandidos pretendiam atacar o promotor no caminho que ele costuma fazer para chegar ao trabalho, em Presidente Prudente. Criminosos alugaram casa próxima à casa de Gakiya Reprodução O promotor de Justiça Lincoln Gakiya e do coordenador de presídios Roberto Medina, da Secretaria de Administração Penitenciária. Montagem/g1/Reprodução/TV Globo