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Boudoir: ensaio de fotos sensual eleva a autoestima e a confiança

Boudoir: fotógrafo de Itapetininga explica ensaio sensual que eleva autoestima e confiança A palavra francesa antiga boudoir faz referência a um quarto priva...

Boudoir: ensaio de fotos sensual eleva a autoestima e a confiança
Boudoir: ensaio de fotos sensual eleva a autoestima e a confiança (Foto: Reprodução)

Boudoir: fotógrafo de Itapetininga explica ensaio sensual que eleva autoestima e confiança A palavra francesa antiga boudoir faz referência a um quarto privado feminino ou a um salão de beleza onde mulheres podiam se vestir, relaxar ou receber visitas íntimas. Na fotografia, o termo ganhou novo sentido: são sessões que exploram sensualidade, elegância e poder, geralmente com lingeries e produção delicada em tecidos como renda, seda e cetim. Para o Dia do Sexo, celebrado neste sábado (6), o g1 conversou com Bruno Puzzi de Campos, fotógrafo de Itapetininga (SP) que, há mais de 11 anos, se dedica a ensaios no estilo boudoir, buscando elevar a autoestima e a confiança dos clientes. 📲 Participe do canal do g1 Itapetininga e Região no WhatsApp A sexualidade na fotografia Segundo o fotógrafo, o conceito remete também aos antigos espaços reservados às mulheres para se trocar. Nos ensaios, a sensualidade é destaque, mas sem tornar as imagens explícitas. Tecidos, peças íntimas e até o posicionamento do corpo ajudam a compor o resultado com delicadeza. "O ensaio pode ser ousado ou sutil, depende do que cada cliente busca. A sensualidade não está apenas no que veste, mas no olhar, no movimento da boca, no posicionamento das pernas e no empoderamento que transmite", explica Bruno. O profissional destaca ainda que o diálogo é fundamental para a produção. Durante a sessão, ele orienta sobre poses, iluminação e até escolhas de roupas íntimas. "A fotografia boudoir é sobre valorizar o momento que a pessoa está vivendo. Muitas mulheres querem se enxergar de forma mais confiante, mais feminina, ou apenas mostrar quem realmente são", completa. Fotógrafo de Itapetininga (SP) trabalha há mais de 11 anos com ensaios fotográficos em estilo sensual Bruno Puzzi/Divulgação Construção da confiança Durante o ensaio, os clientes vão ganhando confiança e se sentindo mais confortáveis e à vontade. "Não estou ali para julgar, analisar ou desejar um corpo. Meu objetivo é proporcionar satisfação e bem-estar. Não adianta forçar ousadia em quem é mais delicada ou recatada. Prefiro deixar a cliente confiante e leve", afirma. Todas as técnicas são voltadas para gerar conforto. Para isso, o fotógrafo está sempre se atualizando, lendo artigos e pesquisando novas práticas. Muitos clientes também enviam referências de fotos, o que ajuda a alinhar expectativas e entender o que desejam. Segundo Bruno, ajudar uma mulher a se sentir bem e sensual é algo único. Ele observa que muitas chegam tímidas e, ao longo da sessão, se soltam e passam a se enxergar de outra forma. As técnicas também ajudam a desconstruir a visão negativa sobre o próprio corpo, permitindo que as pessoas valorizem sua imagem e a enxerguem de maneira positiva. "Em poucos minutos, a cliente até esquece que está nua. Já vi pessoas extremamente tímidas ficarem à vontade ao ponto de escolherem as fotos sem constrangimento. Muitas vezes, a vergonha vem de inseguranças com o corpo, mas, quando percebo que ela está bem consigo mesma, sei que cumpri meu objetivo", comenta. Boudoir: ensaio de fotos sensual eleva a autoestima e a confiança Arquivo Pessoal/Bruno Puzzi Expressão corporal sensual Segundo Bruno, as mulheres procuram ensaios sensuais por diferentes motivos: mudanças no corpo após a gravidez, baixa autoestima, dificuldades de aceitação, crises no casamento ou até após uma traição. Para ele, esse público merece atenção especial, já que o objetivo é mostrar o quanto cada cliente é bonita e desejada, independentemente do momento que esteja vivendo. "A meta não é apenas fazer uma foto bonita, mas uma imagem em que ela se sinta mulher, sensual e confiante. Muitas vezes, a cliente não se vê assim, mas, com um olhar delicado e artístico, conseguimos revelar sua beleza real. O brilho nos olhos ao ver a foto ainda na câmera, sem edição, mostra o impacto dessa transformação", relata. Os ensaios masculinos ainda são minoria no estúdio, mas Bruno acredita que todos os corpos têm sua estética e beleza, como nas representações gregas. "Acho super válido que homens também façam. É uma forma de se enxergar como alguém bonito, sensual e desejado", afirma. Ele também explica a diferença entre o ensaio sensual e o erótico, que muitas vezes causam confusão. Enquanto o sensual destaca a delicadeza e a beleza feminina, o erótico tem como foco o desejo e pode incluir imagens mais explícitas. "Algumas mulheres querem se sentir sensuais e isso não significa vulgaridade. É uma pena quando esse tipo de trabalho é mal interpretado", diz. Para Bruno, o ensaio sensual pode ser até terapêutico. "É como um remédio para a autovisão feminina. Ajuda a mulher a se enxergar com outros olhos e perceber que pode ser sensual, sedutora e linda, se escolher viver isso", conclui. Casais também buscam participar de ensaios sensuais juntos Bruno Puzzi/Divulgação Quem faz gosta e recomenda A moradora de Votorantim (SP) Silvana Vieira da Silva conheceu o trabalho de Bruno pelas redes sociais. Ela sempre gostou de fotos e passou pela experiência de ensaios fotográficos, mas não em estilo sensual, e tinha muita vontade de fazer. Silvana buscava fazer o ensaio para celebrar os 50 anos, mas foi incentivada pelo profissional para fazer aos 48 anos. "Foi excelente. Cheguei um pouco apreensiva, mas, aos poucos, o Puzzi foi me deixando mais à vontade, sempre direcionando as poses e tentando deixar tudo o mais natural possível. Foi melhor do que eu imaginava." Ao g1, Silvana confessou que tinha receio de não gostar da produção, pois existe um tabu de não ser bonita ou sensual o suficiente para participar desse tipo de ensaio. Estar nas fotos foi um privilégio para ela, pois é possível vencer esse tabu de que para ser sensual é necessário estar dentro de um padrão de beleza. Josiane Souza de Almeida, de 36 anos, moradora de Sorocaba (SP), estava buscando profissionais que fizessem ensaios fotográficos femininos usando um estilo vintage. Foi quando encontrou o trabalho do profissional de Itapetininga. Ao lado do esposo, Josiane viveu uma experiência positiva, um momento leve, divertido e fluído. O resultado das fotos foi melhor do que ela esperava, mesmo estando tímida em frente as lentes. Bruno conseguiu captar a essência do casal e elevou a confiança. "Não tem idade para fazer um ensaio e começar a se amar, se achar linda e começar uma nova história", afirmou. "A mulher sempre está cuidando de tudo e todos, e às vezes se esquece de quão importante é. Com certeza me senti com a autoestima inflada", disse. Bruno Puzzi trabalha há mais de 11 anos no ramo da fotografia sensual em Itapetininga Bruno Puzzi/Divulgação Trajetória profissional Há mais de 11 anos Bruno decidiu se dedicar à fotografia sensual em Itapetininga. No início, enfrentou comentários preconceituosos: de que estaria nesse ramo apenas para ver mulheres nuas. Com o tempo, no entanto, consolidou a carreira e provou que o objetivo do trabalho é valorizar a autoestima e a aceitação dos modelos. Ao todo, são 17 anos na fotografia. Bruno começou registrando casamentos, até que uma noiva pediu para fazer fotos de lingerie. A experiência despertou a curiosidade de outras mulheres, que também quiseram ensaios sensuais. Em outra ocasião, durante um casamento, ele recebeu um pedido inusitado: a noiva queria uma foto sensual com véu e lingerie para presentear o marido. "Eu era jovem, entrei no quarto e pensei: 'Meu Deus, vou apanhar do noivo ou em casa'. Caímos na risada e começamos a produção", relembra. Aos poucos, percebeu que o desejo de se sentir sensual não era exclusivo das noivas. Outras mulheres também buscavam esse tipo de registro. Assim, passou a investir no segmento e buscar referências. O trabalho cresceu e começou a atrair clientes de outras regiões, como Paraná, Minas Gerais e a capital paulista. "Meu intuito sempre foi fazer com que a mulher se sentisse bela e desejada novamente", afirma Bruno. *Colaborou sob supervisão de Carla Monteiro Veja mais notícias no g1 Itapetininga e Região VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM